Dois meses após o primeiro, o segundo volume do EP “A Braba é Ela”, da Pocah (MC Pocahontas), chegou em novembro às plataformas digitais misturando e alternando funk, soul e piseiro nas quatro faixas escolhidas. Nele, a cantora fluminense reuniu “Hoje Eu Tô Solta”, “Efeito Dominó”, “Loba” e “Bandidona”, esta última com participação de DJ Biel do Furduncinho, Pabllo Vittar e Papatinho. “Bandidona”, inclusive, saiu com um clipe elaborado, roteirizado, no qual Pablo Vittar é a apresentadora de um concurso da “Garota Bronze”, e Pocah, uma das concorrentes. A promessa de Pocah para 2024 é o álbum “Cria de Caxias”.
“O Brasil é um país muito plural musicalmente e, na minha juventude, eu me inspirei em diversos gêneros e segmentos. A ‘braba’ está no baile funk, mas também sabe falar de amor e dançar arrocha. As pessoas vão poder conhecer ainda mais fundo quem eu sou como artista”, declarou Pocah ao portal Papel Pop.
"Supernova" é o nome do novo álbum da Blitz, que chegou às plataformas digitais com 14 faixas, algumas delas já lançadas como singles. Entre as participações estão Roberto Frejat, a rapaziada da ConeCrew Diretoria, João Suplicy, Fagner e a cantora Coral. No time de músicos estão Dadi Carvalho, Vinícius Cantuária, Rogê Brasil, Fernando Magalhães, Milton Guedes, Jorginho Gomes, George Israel, Overdrive Duo, Funk Como Le Gusta e a Bing Band na Gaveta, entre outros. Primeiro de inéditas desde "Aventuras II" (2017), o disco foi composto durante a pandemia.
"A gente começou a construir o álbum quando só rolavam aquelas lives meio frias, sem a troca que a gente gosta de ter com o público. Então, começamos a fazer música: ficávamos Billy e eu no meu estúdio e, depois, começamos a compor com outras pessoas, via internet. As canções foram aparecendo, até acharmos que tínhamos um ótimo material para um disco", conta Evandro Mesquita, referindo-se ao tecladista e compositor Billy Forghieri, que divide com ele a produção e a direção musical de “Supernova".
Reggae composto há quinze anos, “Vento de Lá” é uma música e, também, o primeiro disco da multiartista Laura Becker como cantora e compositora. Conquistado depois de uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo comandada pela percussionista do carioca Bloco do Sargento Pimenta, o álbum chegou às plataformas com 8 faixas, entre elas “Forró Silencioso”, essa com participação de Pedro Luís, e ”Baião da Meia-Noite”. “Vento de Lá” ganhou um clipe dirigido por Tiago Rios
“A ideia de gravar as minhas músicas é antiga, mas ganhou força total em 2020, quando me vi no vazio e mergulhada na necessidade de me reinventar. Estar em casa me permitiu estar mais perto de mim e do meu violão, e, sem querer querendo, comecei a compor mais e a cantar, cantar, cantar...”, contou a atriz, palhaça, cantora, compositora, percussionista e educadora carioca.
Resgatando suas raízes, Diogo Nogueira lança agora em dezembro seu oitavo álbum de inéditas. Intitulado “Sagrado”, o disco passeia por heranças dos batuques ancestrais que, “saídos das praias africanas, se redefinem nos terreiros, esquinas, morros e calçadas do Brasil para celebrar a vida como experiência de alegria e liberdade”, entrega o texto para a imprensa assinado pelo escritor Luiz Antonio Simas. Em “Herança Nacional (Quero Ver Geral)”, faixa que chega acompanhada de um clipe, a revisita ao passado fica clara.
Com mais de 15 anos de carreira, Diogo Nogueira faz jus à genética que herdou de um dos maiores sambistas do Brasil, João Nogueira, e ainda o traz para esse novo trabalho: em “Meu Samba Anda Por Aí”, parceria de João Nogueira com Paulo Valdez (filho da divina Elizeth Cardoso), a voz do pai abre a canção em rara gravação caseira e se encontra com a voz de Diogo.
“Esta foi a primeira música a ser escolhida para o álbum. Quando ouvi, imediatamente fiquei emocionado. É uma música inédita do meu pai, com ele cantando, num áudio que... É um áudio de mil novecentos e setenta e poucos. É a junção do passado com o novo, então, ela representa muito isso dentro do álbum”, afirma Diogo.
Líder espiritual do povo originário Huni Kuin, o violonista Ninawa Pai da Mata lançou seu segundo disco, um EP com uma faixa autoral e quatro cantos tradicionais amazônicos. Intitulado “Benimashū Shushawei” – que quer dizer “alegria que cura” na língua Hatxa Kuî –, o trabalho conta com a percussão e o violão de Shane e Yube, filhos do Pajé, em “Dau tibuya”, “Nai bai sitime”, “Nai mawa yuxini” e “Yamã kawanei”. Cantoras de sua família, Tuwe, Muru e Siriani fazem uma participação como coro de vozes em duas faixas. A música autoral se chama “Santa Luz Divina”.
Ninawa Pai da Mata descende de uma linhagem de pajés e aprofundou seus estudos e trabalhos após a demarcação definitiva de território de seu povo na Terra Indígena do Rio Humaitá, no Acre. “Benimashū Shushawei” marca a estreia de Ninawa nas plataformas digitais sem deixar que ele perca suas raízes. O primeiro álbum do pajé, “Transformando a Tradição”, foi lançado em 2014.
Paraense radicada no Rio de Janeiro, Thays Sodré estreia em disco com “Flor do Destino”, trabalho inspirado pelas paisagens de sua terra natal. O álbum reúne os singles lançados anteriormente ,“Tudo é Bom e Nada Presta” (Cecéu), “Não Vou Sair” (Celso Viáfora), “Carimbó da Pororoca” (Irelson Capim Show) e “Confissão” (Thays Sodré), além de outras canções.
“Este é um álbum que representa o meu desabrochar como uma artista que canta as suas raízes paraenses e também as influências que recebeu de outras partes do Brasil, que se descortinam na minha caminhada em direção ao Sudeste”, declara Thays Sodré, cantora, intérprete e compositora.
A produção é assinada por Rodrigo Garcia. Antes mesmo de ser lançado, o disco “Flor do Destino” já contava com prêmios: a canção “Para nos Molhar”, composta por Gui Fleming, ganhou prêmios no Festival da Canção de Rio Bonito e no Festival da Canção de Bela Vista de Minas. Já Thays, como intérprete, acumula prêmios em sua carreira como Melhor Intérprete, no Festival da Canção de Bela Vista de Minas - MG (2023) e no Festival Nacional Forró de Itaúnas - ES (2019).
Uma música metafísica. Ou a física como a inspiração. Em “Acerca da Maçã”, segundo single do cantor e compositor Chuengue, a musa é a maçã que ajudou Newton a Lei da Gravitação Universal. “No meu uniforme, o teu movimento” e “Precisaria um ponto de apoio” são alguns dos versos que ele canta na música lançada em janeiro.
“Acerca da Maçã” vem após o single de estreia do artista, “O Nascimento do Universo”, também uma música que tem a ciência como referência. A proposta de Chuengue é, no primeiro semestre de 2024, estar com o EP "Névoa-Nada" lançado. Ex-integrante da banda carioca Cafefrio, Chuengue passou uma década dedicado à edição em audiovisual. Aos 34 anos, ele recomeça sua vida com a música, assinando todas as composições, voz e flauta transversa.
Nova voz do pagode, Mari Henrique vai além do que o gênero propõe: além de ser uma mulher entre tantos expoentes homens, ela mescla essa paixão com elementos do pop que fazem de sua música algo inovador. Vinda de Araruama (RJ), a cantora de 24 anos compartilha, na música “5 Segundos”, “sua visão de um amor instantâneo e a busca por uma oportunidade de reciprocidade”, como descreve o material de divulgação.
“Existe muita riqueza em nossa cultura, e hoje represento e vivo o meu sonho. Meu intuito é sempre inspirar pessoas a acreditarem que podem viver do que se ama e principalmente não deixar morrer a nossa arte. Me sinto privilegiada com essa responsabilidade”, diz a artista.
“O que eu faço com esse sentimento / que insiste toda hora em visitar / Eu já não sei o que fazer com isso / Já não aguento mais me machucar”. Esses são alguns versos de “Tô Enlouquecendo”. No single, o duo Clarê, de Paraibuna (SP) e formado por Carla Santana e Pâmela Marcondes, aborda o Transtorno de Personalidade Borderline com delicadeza e cuidado. Diagnóstico recebido por Carla, o transtorno fez com que a cantora revisitasse sua vida.
“Tive muito medo de falar sobre, até mesmo pelo fato do quão superficiais são as coisas que encontramos quando pesquisamos sobre o tema, como depressão, Transtorno de Personalidade Borderline, entre outros. ‘Tô Enlouquecendo’ fala sobre depressão, sobre não aguentar mais e, também, sobre o TPB e como isso tudo afeta as diversas relações”, diz Carla.
A música chega ao mundo junto a um clipe simples, mas cheio de sentimento.
Dimitri Cervo nasceu no fim dos anos 1960, em Santa Maria (RS). Lucas Thomazinho, nos anos 1990, em São Paulo. As obras de Cervo têm sido apresentadas e gravadas em diversos países, e ele foi indicado ao Grammy Latino 2022 de melhor composição clássica, por “Canauê, Para Orquestra”. Lucas é um grande admirador do mestre e, por isso, resolveu gravar, ao piano, o álbum “Dimitri Cervo – The Complete Works for Solo Piano (1985-2022)”. No disco, o jovem pianista registra toda a produção para piano solo de Dimitri, composta entre 1985 e 2022.
O repertório consiste em 19 peças, sendo 12 delas inéditas em gravação, e começa com “Estudo”.
“Embora eu tenha tido uma produção composicional entre os 11 e 16 anos (1979 e 1984), esta é a primeira peça que considero válida de ser mostrada, por conter elementos que mais tarde fariam parte de minha linguagem musical característica, como trocas de compasso, ritmo aditivo e modulações métricas. Nesta peça, uma ideia musical simples, que parte de um arpejo descendente, é desenvolvida de forma virtuosística”, descreve Cervo.
O lançamento, pelo selo Azul Music, foi no último dia 8 de dezembro.
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