• do_Rio
Ele começou sua carreira, em meados dos anos 1990, cantando axé. Viu o gênero estourar, perder fôlego, voltar a crescer. Agora, Saulo Fernandes tem dado sua contribuição para colocar esta verdadeira instituição sonora da Bahia nos radares do resto do país, enquanto nos preparamos para a longa temporada de festas que começa este mês e avança carnaval adentro — uma temporada que ele, claro, quer ver repleta de axé.
SEMPRE TENHO PEDAÇOS DE TEXTOS... COMEÇA ASSIM. DEPOIS, CHAMO OS PARCEIROS DE MAIS AFINIDADE, E AS CANÇÕES NASCEM.”
Saulo FernandoCom o lançamento de "Acho Que É Axé", seu novo disco, o artista de 46 anos "beija a fonte com o respeito de sempre", como ele descreve neste Jogo Rápido com a UBC, em que ainda comentou um pouco sobre seu processo criativo e suas inspirações.
Acha que o axé está vivendo um renascimento?
Saulo
SAULO FERNANDES: Renascimento pra mim. Foi delicioso beijar a fonte com o respeito de sempre e aprender de novo.
Como foi o processo de composição do disco? Você já tinha canções prontas e guardadas? Ou as escreveu com o álbum em mente?
Sempre tenho textos, pedaços de textos... Começa assim. Depois, chamo os amigos, os parceiros de mais afinidade, e as canções nascem. Foi rápido e dinâmico e gostoso. E tem sido assim em geral, com as canções vindo mais através dos textos.
Que compositores o inspiram, dentro e fora da Bahia?
Muitos. Todos da Bahia. Pierre (Onassis), Jau, Gigi (Cerqueira), Marquinhos, Luiz (Caldas), Moraes (Moreira)… Todos.
No principal single do álbum, "Isso de Ser Baiano", você tenta dar novas pistas sobre esse estado de espírito único que é o sentir-se baiano. Por que, na sua opinião, a Bahia e os baianos exercem tanta fascinação sobre o resto do país?
Porque a Bahia é preta e, por isso, tem mais luz. E toda beleza, toda riqueza, toda cultura, toda magia, todo encantamento, toda divindade vêm desse lugar sagrado que é África. •